TEATRO DE ARENA

Nunca escrevi muito sobre o TEATRO DE ARENA
Hoje  vou  falar da minha ligação com ele
Meu começo foi o conhecimento, a amizade e a convivência com JOSÉ RENATO no inicio de 1950  dirigindo  DEMORADO ADEUS de Tenesse Williams, no Museu de Arte  ainda na rua 7 de abril.
Modesto, saído recém da Escola de Arte Dramática,  tomou contato com a  representação teatral, antes encenada na antiguidade
O entusiasmo dele e a minha curiosidade nos levou a formar um grupo e procurar um local adaptado para novos textos 
Na ideia juntaram-se GERALDO MATHEUS TORLONI, MONAH DELACY ,pais de Christiane ainda não nascida, EVA WILMA, JOHN HERBETH, SÉRGIO SAMPAIO e outros que não mencionarei para não cometer o erro de omitir algum.
Vimos alguns armazéns pelo Centro e nos decidimos pela atual na Teodoro Bayma 94, e alugamos por 6 meses que era o tempo que pensávamos que duraria a experiência.
Para a montagem tínhamos que arranjar dinheiro
Formamos um grupo de Sócios Patronos, com a doação  de 500,00 (moeda da época) que teriam direito a 2 entradas por espetáculo e alguns anunciantes que teriam divulgação nos programas
Eu era responsável pela parte comercial e a provisão de recursos e pagamentos ou seja o sustento do teatro
Conseguimos montar o Arena, fazer uma cooperativa com os atores e em   1°de fevereiro de 1955  estreamos
Foi decidido inovar, apresentando 3 peças por semana, alternado-se os dias com:
"ROSA DOS VENTOS,
ESTA NOITE É NOSSA e
UMA MULHER E TRES PALHAÇOS"
Folgávamos ás 2a.feiras e os atores se revezavam a cada peça e eu e os que não estava atuando no dia,cuidávamos da  iluminação, contra-regra, som e até a bilheteria
A experiência deu certo,o Arena começou a ser conhecido e divulgado e até ter sido convidado para uma apresentação no  Palácio do Catete para o Presidente Café Filho
Pelo Arena passaram grandes atores que fizeram carreira e ainda estão em cena
Hoje Vivinha  (Eva Wilma) e Xico de Assis e os remanescentes ainda nos relacionamos e estamos tentando junto ao MEC e FUNARTE dar o nome de TEATRO DE ARENA JOSÉ RENATO, numa homenagem póstuma ao idealizador, diretor, ator e principalmente meu amigo até  a sua partida.